Impression cytology after corneal cross-linking Twenty-five gauge [PDF]

Jun 15, 2012 - Gestação e Lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por

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ISSN 0004-2749 versão impressa

ARQUIVOS BRASILEIROS

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA MARÇO/ABRIL 2012

D E

75 02

Impression cytology after corneal cross-linking Twenty-five gauge vitrectomy in uveitis Femtosecond-assisted intrastromal corneal ring for corneal ectasia Surgical treatment of globe subluxation in Graves Experimental models of autoimmune inflammatory ocular diseases INDEXADA NAS BASES DE DADOS

MEDLINE | EMBASE | ISI | SciELO

Ressecamento ocular. É hora de virar essa página.

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ão que se mantém por mais tempo. 1 2

as. ,3 diári s .2 e a d a d d i ga ativ olon rante as r u d p e d a o d i Maior comod çã prote m o c o ificaçã Melhor lubr

Referências bibliográficas: 1. Torkildsen G, The effects of lubricant eye drops on visual function as measured by the Inter-blink interval Visual Acuity Decay test. Clin Ophthal. 2009:3 501-506. Poster presented at the Association for Research in Vision and Opthalmology (ARVO), May 3-7, 2009; Fort Lauderdale, FL. 2. Data on file. Alcon Laboratories, Inc. 3. Ketelson HA, Davis J, Meadows DL. Characterization of a novel polymeric artificial tear delivery system. Poster A139 presented at: ARVO; April 27, 2008; Fort Lauderdale, FL.

© 2011, Novartis. OUT/2011

Reg. ANVISA nº 80147540163

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A DIFERENÇA QUE IMPORTA DUO-TRAVATAN ® ESTÁ CONTRAINDICADO EM PACIENTES COM HIPERSENSIBILIDADE CONHECIDA À TRAVOPROSTA OU QUALQUER OUTRO INGREDIENTE DO PRODUTO. E PACIENTES EM USO DE DUO-TRAVATAN ® PODEM APRESENTAR INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA COM OS DIGITÁLICOS E ANTAGONISTAS DO CÁLCIO: O USO CONCOMITANTE DE AGENTES BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS COM DIGITÁLICOS E ANTAGONISTAS DO CÁLCIO PODE TER UM EFEITO ADITIVO PROLONGANDO O TEMPO DA CONDUÇÃO ATRIOVENTRICULAR. DUO-TRAVATAN® (travoprosta 0,004% timolol 0,5% maleato) Solução Oftálmica Estéril. USO ADULTO. INDICAÇÕES: é indicado para a redução da pressão intra-ocular elevada em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, nos quais a terapia com um único agente não é suficiente para reduzir a pressão intra-ocular. CONTRAINDICAÇÕES: é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à travoprosta, timolol, cloreto de benzalcônio ou qualquer outro ingrediente deste produto. DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica também é contraindicado em pacientes com asma brônquica, histórico de asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica severa, bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro grau, insuficiência cardíaca manifesta ou choque cardiogênico. POSOLOGIA: A dose recomendada é uma gota no(s) olho(s) afetado(s) uma vez por dia pela manhã ou à noite. ADVERTÊNCIAS: Existem relatos de que travoprosta e outros análogos da prostaglandina causam alterações nos tecidos pigmentados. As alterações relatadas com maior freqüência foram aumento na pigmentação da íris e tecido periorbital (pálpebra) e aumento na pigmentação e crescimento de cílios. Reações respiratórias severas e reações cardíacas, incluindo morte por broncospasmo em pacientes com asma e raramente morte associada a insuficiência cardíaca foram relatadas após a administração sistêmica ou oftálmica de maleato de timolol. Insuficiência Cardíaca: A ação de bloqueador de receptor beta-adrenérgico pode precipitar insuficiência mais severa. Ao primeiro sinal ou sintoma de insuficiência cardíaca, interromper o uso de DUO-TRAVATAN. Doença pulmonar obstrutiva: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (ex.: bronquite crônica, enfisema) de intensidade leve ou moderada, doença broncospástica ou histórico de doença broncospástica não devem, em geral, ser tratados com beta-bloqueadores ou produtos que contenham beta-bloqueadores, incluindo DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica. Cirurgia: Pode ocorrer o aumento do risco da anestesia geral em procedimentos cirúrgicos com hipotensão severa prolongada durante a anestesia e dificuldade de reiniciar e manter o batimento cardíaco. Diabetes Mellitus: Pode ocorrer mascaramento dos sinais e sintomas da hipoglicemia aguda, devendo ser administrados com cuidado em pacientes diabéticos. Tireotoxicose: Pacientes com suspeita de desenvolver tireotoxicose devem ser cuidadosamente controlados para evitar a retirada abrupta dos agentes bloqueadores beta-adrenérgicos, a qual pode precipitar uma crise de tireotoxicose. PRECAUÇÕES: Casos de ceratite bacteriana têm sido associados com o uso de frascos dose-múltipla de produtos oftálmicos tópicos. DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica deve ser usado com precaução em pacientes com inflamação intra-ocular ativa (irite/uveíte). Edema macular, incluindo edema macular cistóide, tem sido relatado durante o tratamento com análogos da prostaglandina F2a principalmente em pacientes afácicos, pseudofácicos com ruptura de cápsula posterior devendo ser usado com precaução nestes pacientes. DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica não foi avaliado no tratamento do glaucoma de ângulo estreito, glaucoma inflamatório ou neovascular. Foi relatado descolamento de coróide após cirurgia filtrante com a administração de terapia aquosa supressora (ex.: Timolol). Não existem estudos adequados em mulheres grávidas. DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos: Pacientes em tratamento com agentes bloqueadores beta-adrenérgicos por via oral e DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica devem ser observados quanto aos potenciais efeitos aditivos dos beta-bloqueadores. O uso concomitante de dois agentes bloqueadores beta-adrenérgicos de uso tópico não é recomendado. Antagonistas do cálcio: Cuidados devem ser tomados (ou evitar) na co-administração de agentes bloqueadores beta-adrenérgicos e antagonistas do cálcio orais ou intravenosos. Depletores de catecolaminas: Tratamento com depletores de catecolaminas, tal como reserpina, devem ser feitos atentamente devido ao possível efeito aditivo. Quinidina: Há casos de bloqueio beta sistêmico potencializado (ex.: batimento cardíaco diminuído) pelo tratamento combinado de quinidina e timolol. Clonidina: Pode ocorrer exacerbação da hipertensão rebote após a retirada da clonidina. Epinefrina injetável: Risco de anafilaxia. USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO. Idosos: Não foram observadas diferenças na eficácia e segurança entre pacientes idosos e outros pacientes. Crianças: A segurança e a eficácia não foram estabelecidas para pacientes pediátricos. Lactantes: humano. O maleato de timolol foi detectado no leite humano após a administração oral e oftálmica, mas não se sabe sobre a excreção pelo leite com o Travoprosta. Deve-se decidir suspender a amamentação ou o uso do produto devido ao risco de efeitos colaterais no lactente. REAÇÕES ADVERSAS: O evento adverso ocular mais comum em estudos clínicos controlados com DUO-TRAVATAN Solução Oftálmica foi hiperemia ocular, relatada em 13 a 15 % dos pacientes. Aproximadamente 2% dos pacientes interromperam a terapia devido à hiperemia conjuntival. Os eventos adversos oculares relatados com incidência de 5 a 10 % incluíram diminuição da acuidade visual, olho seco, desconforto ocular, sensação de corpo estranho, crescimento de cílios e fotofobia. Outros eventos relatados em freqüência menor são: visão borrada, conjuntivite, mancha na córnea, “flare”, ceratite, distúrbios na pálpebra, dor e prurido, artralgia, artrite, bronquite, síndrome do resfriado, dor de cabeça, hipertensão, infecção, dor e infecção do trato urinário. SUPERDOSE: Não há dados disponíveis sobre a superdose das soluções de DUO-TRAVATAN ou TRAVATAN em humanos. Há casos de superdose inadvertida com a solução oftálmica de timolol, resultando em efeitos sistêmicos similares aqueles observados com os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos sistêmicos, tais como: vertigem, dor de cabeça, falta de ar, bradicardia, brocospasmo e parada cardíaca. Um estudo com pacientes com insuficiência renal mostrou que timolol não é prontamente dialisado após a administração oral. MS 1.0023.0266.001-3. Venda sob prescrição médica. DTV10502JAi-A XXX

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Referências Bibliográficas: 1. LASTACAFT™ Informações na bula. 2. Torkildsen G, Shedden A. The safety and efficacy of alcaftadine 0.25% ophthalmic solution for the prevention of itching associated with allergic conjunctivitis. Curr Med Res Opin. 2011;27(3):623-631. INDICAÇÕES: LASTACAFT® é indicado para profilaxia/prevenção do prurido associado com conjuntivites alérgicas. REAÇÕES ADVERSAS: Reação comum (> 1/100 e < 1/10): irritação ocular, ardor e/ou sensação de pontadas nos olhos à instilação, vermelhidão ocular, prurido ocular, rinofaringite, cefaleia e influenza. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Para não contaminar o colírio evite o contato do conta gotas com qualquer superfície. Não permita que a ponta do frasco entre em contato direto com os olhos. Mantenha o frasco bem fechado enquanto não estiver sendo utilizado. Gestação e Lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Estudos sobre reprodução realizados em ratos e coelhos não revelaram evidências de alteração na reprodução feminina ou perigos para o feto devidos à alcaftadina. Doses orais em ratos e coelhos de 20 e 80 mg/kg/dia, respectivamente, produziram níveis de exposição plasmática de aproximadamente 200 e 9000 vezes maior do que a exposição com a dose recomendada para uso ocular em humanos. Entretanto, não foram realizados estudos controlados em mulheres grávidas. Considerando que os estudos em animais nem sempre podem prever a resposta em humanos, este medicamento deve ser utilizado durante a gestação apenas se for claramente necessário. Não se sabe se esta substância é excretada no leite humano. Recomenda-se cautela quando LASTACAFT® for administrado a mulheres durante a amamentação. Pacientes pediátricos: A eficácia e segurança de LASTACAFT® não foram estabelecidas em crianças com menos de 2 anos de idade. Pacientes idosos: Não foram observadas diferenças na segurança e eficácia entre pacientes idosos e adultos mais jovens. Pacientes que utilizam lentes de contato: LASTACAFT® não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas. Os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos 10 minutos para recolocá-las após a aplicação de LASTACAFT®. Os pacientes devem ser advertidos a não utilizar lentes de contato se seus olhos estiverem avermelhados. LASTACAFT® não deve ser utilizado para o tratamento de irritação ocular relacionada ao uso de lentes de contato. Pacientes que utilizam mais de um medicamento oftálmico: Quando mais de um medicamento tópico oftálmico estiver sendo utilizando pelo paciente, deve ser respeitado o intervalo de pelo menos 5 minutos entre a administração dos medicamentos. POSOLOGIA: A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), uma vez ao dia. Para informações completas para prescrição, consultar a bula do produto ou a Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. ANVISA/MS - 1.0147.0179.

CONTRAINDICAÇÕES: LASTACAFT® é contraindicado para pacientes que apresentam alergia a qualquer um dos componentes da sua fórmula. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não são conhecidas interações entre a alcaftadina e outras substâncias de uso tópico ocular.

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Referências Bibliográficas: 1) Bula do produto: Hyabak. Registro MS nº 80424140002. 2) Snibson GR, Greaves JL, Soper ND, Tiffany JM, Wilson CG, Bron AJ. Ocular surface residence times of artificial tear solutions. Cornea. 1992 Jul;11(4):288-93. 3) Nakamura M, Hikida M. Nakano T, Ito S, Hamano T, Kinoshita S. Characterization of water retentive properties of hyaluronan. Cornea. 1993 Sep;12(5):433-6. 4) Gomes JA, Amankwah R, Powell-Richards A, Dua HS. Sodium hyaluronate (hyaluronic acid) promotes migration of human corneal epithelial cells in vitro. Br J Ophthalmol. 2004 Jun;88(6);821-5. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Informações adicionais disponíveis à classe farmacêutica mediante solicitação. Bula do produto: HYABAK®. Solução sem conservantes para hidratação e lubrificação dos olhos e lentes de contacto. Frasco ABAK®. COMPOSIÇÃO: Hialuronato de sódio 0,15g. Cloreto de sódio, trometamol, ácido clorídrico, água para preparações injetáveis q.b.p. 100 mL. NOME E MORADA DO FABRICANTE: Laboratoires Théa, 12 rue Louis Blériot, 63017 CLERMONT-FERRAND CEDEX 2 - França. QUANDO SE DEVE UTILIZAR ESTE DISPOSITIVO: HYABAK® contém uma solução destinada a ser administrada nos olhos ou nas lentes de contato. Foi concebido: • Para humedecimento e lubrificação dos olhos, em caso de sensações de secura ou de fadiga ocular induzidas por fatores exteriores, tais como, o vento, o fumo, a poluição, as poeiras, o calor seco, o ar condicionado, uma viagem de avião ou o trabalho prolongado à frente de uma tela de computador. • Nos utilizadores de lentes de contato, permite a lubrificação e a hidratação da lente, com vista a facilitar a colocação e a retirada, e proporcionando um conforto imediato na utilização ao longo de todo o dia. Graças ao dispositivo ABAK®, HYABAK® permite fornecer gotas de solução sem conservantes. Pode, assim, ser utilizado com qualquer tipo de lente de contato. A ausência de conservantes permite igualmente respeitar os tecidos oculares. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: • Evitar tocar nos olhos com a ponta do frasco. • Não injetar, não engolir. Não utilize o produto caso o invólucro de inviolabilidade esteja danificado. MANTER FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. INTERAÇÕES: É conveniente aguardar 10 minutos entre a administração de dois produtos oculares. COMO UTILIZAR ESTE DISPOSITIVO: POSOLOGIA: 1 gota em cada olho durante o dia, sempre que necessário. Nos utilizadores de lentes: uma gota em cada lente ao colocar e retirar as lentes e também sempre que necessário ao longo do dia. MODO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INSTILAÇÃO OCULAR. STERILE A - Para uma utilização correta do produto é necessário ter em conta determinadas precauções: • Lavar cuidadosamente as mãos antes de proceder à aplicação. • Evitar o contato da extremidade do frasco com os olhos ou as pálpebras. Instilar 1 gota de produto no canto do saco lacrimal inferior, puxando ligeiramente a pálpebra inferior para baixo e dirigindo o olhar para cima. O tempo de aparição de uma gota é mais longo do que com um frasco clássico. Tapar o frasco após a utilização. Ao colocar as lentes de contato: instilar uma gota de HYABAK® na concavidade da lente. FREQUÊNCIA E MOMENTO EM QUE O PRODUTO DEVE SER ADMINISTRADO: Distribuir as instilações ao longo do dia, conforme necessário. CONSERVAÇÃO DE DISPOSITIVO: NÃO EXCEDER O PRAZO LIMITE DE UTILIZAÇÃO, INDICADO NA EMBALAGEM EXTERIOR. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO: Conservar a uma temperatura inferior a 25ºC. Depois de aberto, o frasco não deve ser conservado mais de 8 semanas.

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PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA

ISSN 0004-2749 (Versão impressa)

Publicação ininterrupta desde 1938

ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica)

CODEN - AQBOAP Periodicidade: bimestral

Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 75, n. 2, p. 81-152, mar./abr. 2012

Conselho Administrativo

Editor-Chefe

Marco Antônio Rey de Faria Harley E. A. Bicas Roberto Lorens Marback Rubens Belfort Jr. Wallace Chamon

Wallace Chamon

Editores Associados

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Augusto Paranhos Jr. Carlos Ramos de Souza Dias Eduardo Melani Rocha Eduardo Sone Soriano Galton Carvalho Vasconcelos Haroldo Vieira de Moraes Jr. José Álvaro Pereira Gomes

Luiz Alberto S. Melo Jr. Mário Luiz Ribeiro Monteiro Michel Eid Farah Norma Allemann Paulo Schor Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira Sérgio Felberg Suzana Matayoshi

Conselho Editorial Nacional Áisa Haidar Lani (Campo Grande-MS) Ana Luísa Höfling-Lima (São Paulo-SP) André Augusto Homsi Jorge (Ribeirão Preto-SP) André Messias (Ribeirão Preto-SP) Antonio Augusto Velasco e Cruz (Ribeirão Preto-SP) Arnaldo Furman Bordon (São Paulo-SP) Ayrton Roberto B. Ramos (Florianópolis-SC) Breno Barth (Natal-RN) Carlos Roberto Neufeld (São Paulo-SP) Carlos Teixeira Brandt (Recife-PE) Cristina Muccioli (São Paulo-SP) Denise de Freitas (São Paulo-SP) Eduardo Cunha de Souza (São Paulo-SP) Eduardo Ferrari Marback (Salvador-BA) Enyr Saran Arcieri (Uberlândia-MG) Érika Hoyama (Londrina-PR) Fábio Ejzenbaum (São Paulo-SP) Fábio Henrique C. Casanova (São Paulo-SP) Fausto Uno (São Paulo-SP) Flávio Jaime da Rocha (Uberlândia-MG) Ivan Maynart Tavares (São Paulo-SP) Jair Giampani Jr. (Cuiabá-MT) Jayter Silva de Paula (Ribeirão Preto-SP) João Borges Fortes Filho (Porto Alegre-RS) João Carlos de Miranda Gonçalves (São Paulo-SP) João J. Nassaralla Jr. (Goiânia-GO) João Luiz Lobo Ferreira (Florianópolis-SC) José Américo Bonatti (São Paulo-SP) José Augusto Alves Ottaiano (Marília-SP)

José Beniz Neto (Goiânia-GO) José Paulo Cabral Vasconcellos (Campinas-SP) Keila Miriam Monteiro de Carvalho (Campinas-SP) Luís Paves (São Paulo-SP) Luiz V. Rizzo (São Paulo-SP) Marcelo Francisco Gaal Vadas (São Paulo-SP) Marcelo Jordão Lopes da Silva (Ribeirão Preto-SP) Marcelo Vieira Netto (São Paulo-SP) Maria Cristina Nishiwaki Dantas (São Paulo-SP) Maria de Lourdes V. Rodrigues (Ribeirão Preto-SP) Maria Rosa Bet de Moraes e Silva (Botucatu-SP) Marinho Jorge Scarpi (São Paulo-SP) Marlon Moraes Ibrahim (Franca-SP) Martha Maria Motono Chojniak (São Paulo-SP) Maurício Maia (Assis-SP) Mauro Campos (São Paulo-SP) Mauro Goldchmit (São Paulo-SP) Mauro Waiswol (São Paulo-SP) Midori Hentona Osaki (São Paulo-SP) Milton Ruiz Alves (São Paulo-SP) Mônica Alves (Campinas-SP) Mônica Fialho Cronemberger (São Paulo-SP) Moysés Eduardo Zajdenweber (Rio de Janeiro-RJ) Newton Kara-José Júnior (São Paulo-SP) Norma Helen Medina (São Paulo-SP) Paulo E. Correa Dantas (São Paulo-SP) Paulo Ricardo de Oliveira (Goiânia-GO) Procópio Miguel dos Santos (Brasília-DF) Renato Curi (Rio de Janeiro-RJ) Roberto L. Marback (Salvador-BA) Roberto Pedrosa Galvão Fº (Recife-PE)

Roberto Pinto Coelho (Ribeirão Preto-SP) Rosane da Cruz Ferreira (Porto Alegre-RS) Rubens Belfort Jr. (São Paulo-SP) Sérgio Kwitko (Porto Alegre-RS) Sidney Júlio de Faria e Souza (Ribeirão Preto-SP) Silvana Artioli Schellini (Botucatu-SP) Suel Abujamra (São Paulo-SP) Tomás Fernando S. Mendonça (São Paulo-SP) Vera Lúcia D. Monte Mascaro (São Paulo-SP) Walter Yukihiko Takahashi (São Paulo-SP)

Internacional Alan B. Scott (E.U.A.) Andrew Lee (E.U.A.) Baruch D. Kuppermann (E.U.A.) Bradley Straatsma (E.U.A.) Careen Lowder (E.U.A.) Cristian Luco (Chile) Emílio Dodds (Argentina) Fernando M. M. Falcão-Reis (Portugal) Fernando Prieto Díaz (Argentina) James Augsburger (E.U.A.) José Carlos Cunha Vaz (Portugal) José C. Pastor Jimeno (Espanha) Marcelo Teixeira Nicolela (Canadá) Maria Amélia Ferreira (Portugal) Maria Estela Arroyo-Illanes (México) Miguel N. Burnier Jr. (Canadá) Pilar Gomez de Liaño (Espanha) Richard L. Abbott (E.U.A.) Zélia Maria da Silva Corrêa (E.U.A.)

ABO – ARQUIVOS BRASILEIROS DE OFTALMOLOGIA • PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA (CBO) Redação: R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar - Vila Olímpia - São Paulo - SP - CEP 04546-004 Fone: (55 11) 3266-4000 - Fax: (55 11) 3171-0953 - E-mail: [email protected] - Home-page: www.scielo.br/abo

A SSINATURAS - B RASIL : Membros do CBO: Distribuição gratuita. Não Membros: Assinatura anual: R$ 500,00 Fascículos avulsos: R$ 80,00 Foreign: Annual subscription: US$ 200.00 Single issue: US$ 40.00 Publicação: Divulgação: Tiragem:

Ipsis Gráfica e Editora S.A. Conselho Brasileiro de Oftalmologia 8.000 exemplares

Editor: Wallace Chamon Gerente Comercial: Mauro Nishi Secretaria Executiva: Claudete N. Moral Claudia Moral

Revisão Final: Paulo Mitsuru Imamura Editoria Técnica: Edna Terezinha Rother Maria Elisa Rangel Braga Capa: Ipsis

Capa: Fotografia fundoscópica de paciente com retinopatia diabética proliferativa submetido a fotocoagulação. Nota-se a presença de neovasos em regressão. Autor da Fotografia: Ricardo Fernandes (Tecnólogo Oftálmico da Retina Clinic e do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. Cover: Fundoscopic Photograph of a patient with proliferative diabetic retinopathy after photocoagulation. Note the regression of neovascularization. Photographer: Ricardo Fernandes (Ophthalmic Technologist, Retina Clinic and Department of Ophthalmology - UNIFESP.

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA

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ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica)

• ABO Arquivos Brasileiros de Oftalmologia www.abonet.com.br

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• ISI Web of Knowledge (SM)

• Copernicus www.copernicusmarketing.com

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• LILACS Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde

• MEDLINE

Diretoria do CBO - 2011-2013 Marco Antônio Rey de Faria (Presidente) Milton Ruiz Alves (Vice-Presidente) Carlos Heler Ribeiro Diniz (1º Secretário) Nilo Holzchuh (Secretário Geral) Mauro Nishi (Tesoureiro)

Sociedades Filiadas ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia e seus respectivos Presidentes

Apoio:

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Maria de Lourdes Fleury F. Carvalho Tom Back

Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia

Mário Ursulino M. Carvalho

Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-Oculares

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Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

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Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa

Newton Leitão de Andrade

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Sociedade Brasileira de Glaucoma

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Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica

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Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo

Mario Martins dos Santos Motta

Sociedade Brasileira de Trauma Ocular

Nilva Simeren Bueno Moraes

Sociedade Brasileira de Uveítes

Wilton Feitosa de Araújo

Sociedade Brasileira de Visão Subnormal

Mayumi Sei

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA

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ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica)

Periodicidade: bimestral

Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 75, n. 2, p. 81-152, mar./abr. 2012

Sumário | CONTENTS 85

Editorial | EDITORIAL Boas práticas de redação e o CONSORT Good reporting practices and the CONSORT Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Carlos Eduardo Leite Arieta

86

Good reporting practices and the CONSORT Boas práticas de redação e o CONSORT Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Carlos Eduardo Leite Arieta

Artigos Originais | ORIGINAL ARTICLES 87

Comparação do teste modificado de fixação preferencial com o convencional em pacientes com estrabismo Comparison of the modified fixation preference test with the conventional test in strabismic patients Edson Procianoy, Letícia Procianoy

89

Evaluation of silicon oil on bacterial growth Avaliação dos efeitos do óleo de silicone no crescimento bacteriano Fabio Adams, Ivana Lopes Romero, Cely Barreto da Silva, Roberta Pereira de Almeida Manzano

92

Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados Strabismus: detection in a population-based sample and associated demographic factors Augusto Tomimatsu Shimauti, Leonardo de Toledo Pesci, Roberta Lilian Fernandez de Sousa, Carlos Roberto Padovani, Silvana Artioli Schellini

97

Obstrução de vias lacrimais associada ao tratamento radioiodoterápico de carcinoma de tireoide Lacrimal drainage system obstruction associated to radioactive iodine therapy for thyroid carcinoma Fabricio Lopes da Fonseca, Patrícia Lunardelli, Suzana Matayoshi

101

Impression cytologic analysis after corneal cross-linking and insertion of corneal ring segments for keratoconus: two-year results Citologia de impressão após “cross-linking” corneano e inserção dos segmentos de anéis corneanos para ceratocone: dois anos de seguimento Adimara da Candelaria Renesto, Jeison de Nadai Barros, Mauro Campos

107

Twenty-five gauge vitrectomy in uveitis Vitrectomia 25-gauge em uveítes Roger Roberto Wada Kamei, Tiago Eugênio Faria e Arantes, Claudio Renato Garcia, Cristina Muccioli

111

Bupivacaine and botulinum toxin to treat comitant strabismus Bupivacaína e toxina botulínica para tratamento de estrabismo comitante Luisa Moreira Hopker, Priscila Fernandes Zaupa, Acácio Alves de Souza Lima Filho, Monica Fialho Cronemberger, Marcia Keiko Uyeno Tabuse, Célia Regina Nakanami, Norma Allemann, Tomás Scalamandré Mendonça

116

Comparison of wavefront aberrations under cycloplegic, scotopic and photopic conditions using WaveScan Comparação de aberrações de frente de onda sob cicloplegia, condições escotópica e fotópica usando WaveScan Rong Fan, Tao He, Yan Qiu, Yu-Lan Di, Su-yun Xu, Yao-yu Li

122

Avaliação de corpos estranhos no segmento anterior com ultrassonografia biomicroscópica Evaluation of anterior segment foreign bodies with ultrasound biomicroscopy Marília Freitas de Moura, Ilka Hayashi, Daniel Martins Rocha, Norma Allemann

126

Femtosecond assisted intrastromal corneal ring (ISCR) implantation for the treatment of corneal ectasia Avaliação dos resultados do implante do anel intraestromal com laser de femtosegundo no tratamento de ectasias corneanas Cristina Cardoso Coimbra, Marcos Tonelli Gomes, Mauro Campos, Edvaldo Soter de Figueiroa Junior, Eduardo Parente Barbosa, Myrna Serapião dos Santos

Relatos de Casos | CASE REPORTS treatment of globe subluxation in the active phase of the myogenic type of Graves orbitopathy: case reports 131 Surgical Tratamento cirúrgico da subluxação do globo ocular na fase ativa do subtipo miogênico da orbitopatia de Graves: relatos de casos Felipe Eing, Antonio Augusto Velasco e Cruz

134

Lesões oculares por Processionária (Thaumetopoea pityocampa Schiff): relatos de casos Processionary (Thaumetopoea pityocampa Schiff) induced ocular lesions: case reports Francisco Eduardo da Silva Trincão, Ana Filipa Duarte, Ana Aires Magriço, Vítor Santos Maduro, Pedro Alves Albergaria Candelária

137

Clinical and histopathological features of orbital granular cell tumor: case report Características clínicas e histopatológicas de tumor de células granulares da órbita: relato de caso Bruno F. Fernandes, Rubens Belfort Neto, Alexandre Nakao Odashiro, Patricia Rusa Pereira, Miguel N. Burnier Jr.

140

Retinite idiopática, vasculite, aneurismas e neurorretinite (IRVAN): relato de caso Idiopathic retinal, vasculitis, aneurysms and neuroretinitis (IRVAN): case report Kelly Fernandes de Paula Rodrigues, Verônica Castro Lima, Tiago Eugênio Faria e Arantes, Kimble Teixeira Fonseca Matos, Cristina Muccioli

Artigos de Revisão | REVIEW ARTICLES 143

Experimental models of autoimmune inflammatory ocular diseases Modelos experimentais para o estudo de doenças inflamatórias oculares autoimunes Fabio Gasparin, Beatriz Sayuri Takahashi, Mariana Ramos Scolari, Filipe Gasparin, Lycia Sampaio Pedral, Francisco Max Damico

Cartas ao Editor | LETTERS TO THE EDITOR 148

Erratum Arq Bras Oftalmol. 2011;74(4):306-10 Errata Arq Bras Oftalmol. 2011;74(4):306-10 Yara Dadalti Fragoso

149 Instruções para os Autores | INSTRUCTIONS TO AUTHORS

Editorial |

Editorial

Boas práticas de redação e o CONSORT Good reporting practices and the CONSORT Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira1, Carlos Eduardo Leite Arieta1

Cada vez mais têm sido dada atenção às boas práticas de redação e sua utilidade em artigos científicos(1). Ensaios clínicos aleatorizados, quando concebidos, conduzidos e relatados de forma apropriada, representam o padrão ouro na avaliação de tratamentos médicos. Entretanto, os ensaios clínicos podem produzir resultados enviesados se não houver rigor metodológico(2). Para avaliar criteriosamente uma pesquisa, os leitores precisam de informações completas e transparentes sobre a metodologia e os resultados. Infelizmente, nem sempre isso é possível porque os autores dos manuscritos não fornecem uma descrição detalhada das informações(3,4). A declaração CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials), originalmente publicada em 1996 e atualizada em 2001 e 2010, fornece uma lista de checagem composta de 25 itens que formam um conjunto mínimo de recomendações para relatar o desenho, análise e resultados de uma pesquisa(5). Ele foi desenvolvido para ajudar os autores a escrever os ensaios clínicos aleatorizados, os editores e revisores na revisão dos manuscritos submetidos a publicação, e os leitores na análise crítica dos artigos publicados. Ele fornece orientações úteis para todos os tipos de ensaios clínicos, com enfoque nos estudos aleatorizados envolvendo dois grupos paralelos, os quais correspondem a mais da metade das publicações. A abordagem baseada em evidências utilizada no CONSORT também serviu como modelo para o desenvolvimento de outras listas de checagem para publicação de revisões sistemáticas e metanálise [PRISMA](6), e estudos observacionais [STROBE](7). No entanto, uma desvantagem potencial é a possibilidade desta lista de checagem facilitar o relato fictício de informações. Leitores, revisores e editores devem estar atentos a este perigo, procurando confrontar as infor­­­­­mações dos artigos com as presentes nos protocolos dos estudos e nas agencias de registro de pesquisas disponíveis na internet. Embora os Arquivos Brasileiros de Oftalmologia ainda não tenham adotado oficialmente o CONSORT, recomendamos a sua utilização, bem como a de outros protocolos como o STROBE e o PRISMA. Essa atitude irá contribuir para o aumento da nossa inserção global.

REFERêNCias 1. Simera I, Moher D, Hirst A, Hoey J, Schulz KF, Altman DG. Transparent and accurate reporting increases reliability, utility, and impact of your research: reporting guidelines and the EQUATOR Network. BMC Med. 2010;8:24. 2. Jüni P, Altman DG, Egger M. Systematic reviews in health care: assessing the quality of controlled clinical trials. BMJ. 2001;323(7303):42-6. 3. Chan AW, Altman DG. Epidemiology and reporting of randomised trials published in PubMed journals. Lancet. 2005;365(9465):1159-62. 4. Glasziou P, Meats E, Heneghan C, Shepperd S. What is missing from descriptions of treat­­­ment in trials and reviews? BMJ. 2008;336(7659):1472-4. 5. Moher D, Hopewell S, Schulz KF, Montori V, Gotzsche PC, Devereaux PJ, Elbourne D,

Submetido para publicação: 11 de abril de 2012 Aceito para publicação: 11 de abril de 2012 1

Médico, Departamento de Oftalmologia da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas (SP), Brasil.

Egger M. Altman DG; Consolidated Standards of Reporting Trials Group. CONSORT 2010 explanation and elaboration: updated guidelines for reporting parallel group randomised trials. J Clin Epidemiol. 2010;63(8):e1-37. Comment in: J Clin Epidemiol. 2010: 63(8):813-4. 6. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG; PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analysis: the PRISMA statement. BMJ. 2009;339:b2535. 7. von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP; STROBE Initiative. Strengthening the reporting of observational studies in epidemio­­logy (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. BMJ. 2007;335(7624):806-8. Comment in: BMJ. 2007;335(7624):783-4. Arch Dermatol. 2008; 144(9):1200-4. BMJ. 2007; 335(7626):900.

Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho. Divulgação de potenciais Conflitos de Interesse: R.P.C.Lira, Não; C.E.L.Arieta, Não.

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Editorial |

Editorial

Good reporting practices and the CONSORT Boas práticas de redação e o CONSORT Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira1, Carlos Eduardo Leite Arieta1

Increasing attention has been paid to the importance of good reporting practices as they relate to the po­­­ tential utility of a manuscrip(1). Randomised controlled trials, when appropriately designed, conducted, and reported, represent the gold standard in evaluating healthcare interventions. However, randomised trials can yield biased results if they lack methodological rigor(2). To assess a trial accurately, readers of a paper need complete, clear, and transparent information on its methodology and findings. Unfortunately, attempted assessments frequently fail because authors of many trial reports neglect to provide complete descriptions of that critical information(3,4). The CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials) statement, originally published in 1996 and updated in 2001 and 2010, provides a 25 item checklist for a minimum set of recommendations for reporting the trial design, analysis, and result(5). It was developed to assist authors in writing reports of randomised controlled trials, editors and peer reviewers in reviewing manuscripts for publication, and readers in critically appraising published articles. It provides guidance for reporting all randomised controlled trials, but focuses on the most common design type-individually randomised, two group, parallel trials, which accounts for over half of trials in the literature. The evidence based approach that has been used for CONSORT also served as a model for development of other reporting guidelines, such as for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies evaluating interventions [PRISMA](6), and observational studies [STROBE](7). However, as a potential drawback, a reporting guideline might encourage some authors to report fictitiously the information suggested by the guidance rather than what was actually done. Readers, peer reviewers, and editors should vigilantly guard against that potential drawback and refer, for example, to trial protocols, to infor­ mation on trial registers, and to regulatory agency websites. Although the Arquivos Brasileiros de Oftalmologia has not yet officially adopted the CONSORT, we encoura­ ge its use as well as other pro­tocols such as STROBE and PRISM. This attitude will contribute to the improvement of our global insertion.

REFERENCES 1. Simera I, Moher D, Hirst A, Hoey J, Schulz KF, Altman DG. Transparent and accurate reporting increases reliability, utility, and impact of your research: reporting guideli­ nes and the EQUATOR Network. BMC Med. 2010;8:24. 2. Jüni P, Altman DG, Egger M. Systematic reviews in health care: assessing the quality of controlled clinical trials. BMJ. 2001;323(7303):42-6. 3. Chan AW, Altman DG. Epidemiology and reporting of randomised trials published in PubMed journals. Lancet. 2005;365(9465):1159-62. 4. Glasziou P, Meats E, Heneghan C, Shepperd S. What is missing from descriptions of treat­­­ment in trials and reviews? BMJ. 2008;336(7659):1472-4. 5. Moher D, Hopewell S, Schulz KF, Montori V, Gotzsche PC, Devereaux PJ, Elbourne D,

Submitted for publication: April 11, 2012 Accepted for publication: April 11, 2012 1

Physician, Departamento de Oftalmologia da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Campinas (SP), Brasil.

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Egger M. Altman DG; Consolidated Standards of Reporting Trials Group. CONSORT 2010 explanation and elaboration: updated guidelines for reporting parallel group ran­ domised trials. J Clin Epidemiol. 2010;63(8):e1-37. Comment in: J Clin Epidemiol. 2010: 63(8):813-4. 6. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG; PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analysis: the PRISMA statement. BMJ. 2009;339:b2535. 7. von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP; STROBE Ini­ tiative. Strengthening the reporting of observational studies in epidemio­­logy (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. BMJ. 2007;335(7624):806-8. Comment in: BMJ. 2007;335(7624):783-4. Arch Dermatol. 2008; 144(9):1200-4. BMJ. 2007; 335(7626):900.

Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potential conflicts of interest: R.P.C.Lira, None; C.E.L.Arieta, None.

Artigo Original | ORIGINAL ARTICLE

Comparação do teste modificado de fixação preferencial com o convencional em pacientes com estrabismo Comparison of the modified fixation preference test with the conventional test in strabismic patients EDSON PROCIANOY1, LETÍCIA PROCIANOY2

RESUMO Objetivo: Comparar a acurácia do teste de fixação preferencial quando o paciente olha e toca o objeto alvo ao invés de apenas olhá-lo, como convencionalmente descrito. Métodos: Estudo piloto transversal e prospectivo, incluindo 40 pacientes estrábicos, com desvios maiores que 10 dioptrias prismáticas entre 7 e 30 anos. Resultados: O teste modificado mostrou sensibilidade de 93% (IC 95%=68,53 -98,73%) e especificidade de 77% (IC 95%=57,95 - 88,97%). O teste convencional apre sentou sensibilidade de 93% (IC 95%=68,53 - 98,73%) e especificidade 46% (IC 95%= 28,76 - 64,54%). Conclusões: Estes resultados sugerem que a modificação no teste de fixação preferencial, solicitando que o paciente toque o objeto alvo, possa reduzir os resultados falsos positivos do teste.

ABSTRACT Purpose: To compare the accuracy of the fixation preference test performed with the patient touching and looking at the fixation target, to the conventional method test done with the patient only looking at it. Methods: A pilot transversal and prospective study was done with 40 strabismic patients with deviations greater than 10 prism diopters, from 7 to 30 years old. Results: The modified test had a sensitivity of 93% (IC 95%=68.53 - 98.73%) and specificity of 77% (IC 95%=57.95 - 88.97%); while the conventional test had a sensitivity of 93% (IC 95%=68.53 - 98.73%) and a specificity of 46% (IC 95%=28.76 - 64.54%). Conclusions: Our results suggest that the modification of the fixation preference test by asking the patient to touch the fixation target might reduce the number of false positive results of the test.

Descritores: Ambliopia; Acuidade visual; Estrabismo/diagnóstico; Fixação ocular/ fisiologia; Valor preditivo dos testes; Fatores de risco; Testes visuais; Sensibilidade e especificidade; Estudo comparativo

Keywords: Amblyopia; Visual acuity; Strabismus/diagnosis; Fixation, ocular/physiology; Predictive value of tests; Risk factors; Vision tests; Sensitivity and specificity; Comparative study

INTRODUÇÃO Ambliopia é a diminuição da acuidade visual unilateral (o mais frequente) ou bilateral, decorrente de deprivação visual e/ou interação binocular anormal. Não tem causa orgânica detectável ao exame físico do olho, ocorrendo no período de imaturidade do sistema visual(1). Essa é a causa mais comum de baixa acuidade visual na infância (prevalência de 1,6% a 3,6%)(2-8). Estrabismo e anisometropia são as causas mais frequentes de ambliopia,ocorrendo em 2 a 5% da população geral(6-8). Sabe-se que, devido à maior plasticidade sensorial, quanto mais precoce o tratamento, mais rápida e eficaz será a recuperação visual do paciente. Assim, o diagnóstico precoce e acurado é fundamental para a recuperação visual(2). No período verbal, o padrão ouro para o diagnóstico de ambliopia é a acuidade visual medida na tabela do ETDRS (Early Treatment Diabetic Retinopathy Study)(9). Considera-se ambliopia monocular a diferença de visão entre os olhos de duas ou mais linhas. No entanto, para as crianças na fase pré-verbal, o teste de fixação preferencial é o mais utilizado(10). O teste de fixação preferencial compara a capacidade de fixação de um olho em relação ao outro quando os dois estão abertos. O teste considera que amblíopes monoculares vão apresentar preferência de fixação por um olho e incapacidade de manter fixação com o

outro, enquanto que os não amblíopes tenderão a alternar a fixação ou manter melhor a fixação com o olho não preferencial(11). Baseado nisso, quando o paciente é incapaz de alternar a fixação espontaneamente, oclui-se momentaneamente o olho dominante para posterior avaliação da capacidade do olho contralateral em manter a fixação no alvo exposto. A maioria dos autores considera não haver ambliopia quando a fixação é mantida por 5 segundos ou mais(12-16). Os estudos atuais têm mostrado controvérsias quanto à acurácia do teste de fixação preferencial(10). Tendo em vista a importância do diagnóstico e do tratamento na fase pré-verbal é fundamental que se tenha um teste com máxima acurácia. Observamos, na clínica, uma aparente redução dos resultados falsos positivos quando o teste de fixação preferencial era feito com o paciente tocando o objeto alvo. Assim, o objetivo desse estudo é verificar se a acurácia do teste de fixação preferencial melhora quando o paciente olha e toca o objeto alvo ao invés de apenas olhá-lo, como o teste é classicamente descrito.

1

2

MÉTODOS Realizou-se um estudo piloto transversal prospectivo em 40 pacientes. Por amostragem sequencial consecutiva, foram incluídos no

Submetido para publicação: novembro 29, 2010 Aceito para publicação: março 29, 2012

Financiamento: Não houve financiamento para este trabalho.

Trabalho realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Departamento de Oftalmologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Endereço para correspondência: Edson Procianoy. Av. Carlos Gomes, 1.200 - Cj. 805 - Porto Alegre (RS) - 90480-001 - E-mail: [email protected]

Médico, Chefe do Setor de Estrabismo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS - Porto Alegre (RS), Brasil. Médica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil.

Divulgação de potenciais conflitos de interesse: E.Procianoy, Não; L.Procianoy, Não.

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Comparação do teste modificado de fixação preferencial com o convencional em pacientes com estrabismo

Tabela 1. Características basais dos pacientes Amblíopes N=14

Não amblíopes N=26

7 (50)

14 (53,8)

Idade (anos)

11,9 ± 5,8

9,8 ± 4,7

Equivalente esférico (D)

0,5 ± 2,0

0,7 ± 2,9

Tamanho do desvio (DP)

26,9 ± 9,1

24,9 ± 9,5

9 (64,2) 5 (35,7) 0 (0)

17 (65,3) 08 (30,7) 01 (3,8)

0,55 ± 0,23

0,0

Gênero masculino

Tipo de desvio: ET XT HT Diferença de acuidade visual entre os olhos (logMAR)

*= dados descritos em n (%), ou média ± desvio padrão

estudo pacientes de ambos os sexos, com estrabismo de tamanho >10 DP, entre 7 e 30 anos, que consultaram o Serviço de Oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram excluídos os pacientes com estrabismo paralítico, com outras causas de baixa acuidade visual que não apenas a ambliopia, e os que não souberam informar a acuidade visual com a tabela do ETDRS. As características basais dos pacientes estão na tabela 1. O teste do padrão de fixação preferencial em que o paciente apenas olha o objeto alvo é citado aqui como teste convencional, e aquele no qual o paciente é orientado a também tocar o objeto é chamado de teste modificado. Os dois testes foram realizados em todos os pacientes, em sequência aleatória, pelo mesmo examinador, mascarado quanto à acuidade visual dos pacientes. O alvo de fixação foi a ponta de uma caneta colocada a 37 cm do paciente. Na realização do teste modificado, solicitava-se que o paciente mantivesse o dedo encostado na ponta da caneta. Pacientes capazes de manter a fixação com o olho não dominante 5 segundos ou mais foram considerados não amblíopes. Aqueles que não mantinham a fixação por esse tempo foram considerados amblíopes. A medida da acuidade visual foi realizada por um segundo examinador, sempre na mesma sala, com a mesma luminosidade em uma tabela ETDRS. O paciente tinha o olho ocluído pelo examinador com uma ficha de papel a fim de impedir a má oclusão e o embaralhamento visual causado pela possível compressão do globo ocular na oclusão manual. O efeito de “crowding” não foi inibido, sendo mostradas várias linhas simultaneamente, e verificada a acuidade visual desde os maiores optotipos até os menores, seguindo-se as linhas. A acuidade visual registrada foi a da linha em que o paciente leu mais da metade dos optotipos. Para evitar memorização das letras, a acuidade visual do olho não dominante foi sempre testada primeiro. A acuidade visual dos pacientes foi confirmada com o estenopeico a fim de garantir que estivessem usando a melhor correção óptica. Foram verificadas as proporções de respostas falsas e verdadeiras com os dois métodos e calculou-se a sensibilidade e especificidade de cada teste. Considerou-se ambliopia a diferença de acuidade visual entre os olhos de duas ou mais linhas. RESULTADOS Foram incluídos 40 pacientes, sendo 14 amblíopes. Apenas um desses pacientes não foi diagnosticado como amblíope pelos testes convencional e modificado. Entre os 26 não amblíopes, o teste convencional diagnosticou ambliopia erroneamente (falsos positivos) em 14 pacientes, e o modificado em 6. O teste modificado mostrou sensibilidade de 93% (IC 95%= 68,53% - 98,73%) e especificidade de 77% (IC 95%= 57,95% - 88,97%). O teste convencional apresentou sensibilidade de 93% (IC 95%= 68,53% - 98,73%) e especificidade 46% (IC 95%=28,76% - 64,54%). 88

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DISCUSSÃO Verificando-se as sensibilidades e especificidades dos trabalhos publicados, empregando o teste convencional(11-21), com exceção do trabalho de Procianoy, Procianoy(21), todos os demais mostraram especificidade menor do que a sensibilidade (a média das sensibilidades publicadas é de 77,8% e das especificidades 58%). Em nosso estudo o teste modificado apresentou especificidade 19% maior que a média encontrada na literatura. Estes resultados corroboram a idéia de que a modificação no teste de fixação preferencial pode reduzir os resultados falsos positivos. É possível que a participação do paciente ao tocar o alvo desperte o reflexo proprioceptivo e mais atenção(22). Por tratar-se de um estudo piloto, não podemos concluir que o teste modificado seja mais acurado do que o convencional; porém, estes resultados fortalecem a hipótese de que teremos menos diagnósticos falsos positivos com o seu emprego. REFERÊNCIAS 1. Wright KW, Spiegel PH. Pediatric ophthalmology and strabismus. 2a ed. New York: Springer; 2003. 1084p. 2. Pediatric Eye Disease Investigator Group. The clinical profile of moderate amblyopia in children younger than 7 years. Arch Ophthalmol. 2002;120(3):281-7. 3. Pediatric Eye Disease Investigator Group. A randomized trial of atropine vs. patching for treatment of moderate amblyopia in children. Arch Ophthalmol. 2002; 120(3):268-78. Comment in: JAMA. 2002;287(16):2145-6. Arch Ophthalmol. 2002;120(3):387-8. 4. Eibschitz-Tsimhoni M, Friedman T, Naor J, Eibschitz N, Friedman Z. Early screening for amblyogenic risk factors lowers the prevalence and severity of amblyopia. J AAPOS. 2000;4(4):194-9. 5. Hillis A, Flynn JT, Hawkins BS. The evolving concept of amblyopia: a challenge to epidemiologists. Am J Epidemiol. 1983;118(2):192-205. 6. Gilbert CE, Ellwein LB. Refractive Error Study in Children Study Group. Prevalence and causes of functional low vision in school-age children: results from standardized population surveys in Asia, Africa, and Latin America. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2008;49(3): 877-81. 7. Robael D. Rose K, Ojaimi E, Kifley A, Huynh S, Mitchell P. Visual acuity and the causes of visual loss in a population-based sample of 6-year-old Australian children. Ophthalmology. 2005;112(7):1275-82. 8. Williams C, Northstone K, Howard M, Harvey I, Harrad RA, Sparrow JM. Prevalence and risk factors for common vision problems in children: data from the ALSPAC study. Br J Ophthalmol. 2008;92(7):959-64. 9. Early Treatment Diabetic Retinopathy Study design and baseline patient characteristics. ETDRS report number 7. Ophthalmology. 1991;98(5 Suppl):741-56. 10. American Academy of Ophthalmolgy. Amblyopia. Preferred Practice Pattern®= Guidelines[Internet]. New York: AAO; 2007 [cited 2008 june 1]. Available from: http:// www.aao.org/ppp. 11. Knapp P, Moore S. Diagnostic procedures in an orthoptic evaluation. Am Orthopt J. 1962;12:63-9. 12. Sener EC, Mocan MC, Gedik S, Ergin A, Sanaç AS. The reliability of grading the fixation preference test for the assessment of interocular visual acuity differences in patients with strabismus. J AAPOS. 2002;6(3):191-4. 13. Wright KW, Edelman PM, Walonker F, Yiu S. Reliability of fixation preference testing in diagnosing amblyopia. Arch Ophthalmol. 1986;104(4):549-53. 14. Wright KW, Walonker F, Edelman P. 10-Diopter fixation test for amblyopia. Arch Ophthalmol. 1981;99(7):1242-6. 15. Friedman DS, Katz J, Repka MX, Giordano L, Ibrionke J, Hawse P, et al. Lack of concordance between fixation preference and HOTV optotype visual acuity in preschool children: the Baltimore Pediatric Eye Disease Study. Ophthalmology. 2008;115(10):1796-9. 16. Cotter SA, Tarczy-Hornoch K, Song E, Lin J, Borchert M, Azen SP, Varma R; Multi-Ethnic Pediatric Eye Disease Study. Fixation preference and visual acuity testing in a population-based cohort of preschool children with amblyopia risk factors. Ophthalmology. 2008;116(1):145-53.Erratum in: Ophthalmology. 2009;116(2):174. 17. Hakim OM. Association between fixation preference testing and strabismic pseudoamblyopia. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2007;44(3):174-7. 18. Laws D, Noonan CP, Ward A, Chandna A. Binocular fixation pattern and visual acuity in children with strabismic amblyopia. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2000;37(1):24-8. 19. Zipf RF. Binocular fixation pattern. Arch Ophthalmol. 1976;94(3):401-5. 20. Atilla H, Oral D, Coskun S, Erkam N. Poor correlation between “fix-follow-maintain” monocular/binocular fixation pattern evaluation and presence of functional amblyopia. Binocul Vis Strabismus Q. 2001;16(2):85-90. 21. Procianoy L, Procianoy E. The accuracy of binocular fixation preference for diagnosing strabismic amblyopia. J AAPOS. 2010;14(3):205-10. Comment in: J AAPOS. 2010;14(3):201-12. 22. Vuillerme N, Isableu B, Nougier V. Attentional demands associated with the use of a light fingertip touch for postural control during quiet standing. Exp Brain Res. 2006; 169(2):232-6.

Artigo Original | ORIGINAL ARTICLE

Evaluation of silicon oil on bacterial growth Avaliação dos efeitos do óleo de silicone no crescimento bacteriano FABIO ADAMS1, IVANA LOPES ROMERO2, CELY BARRETO DA SILVA3, ROBERTA PEREIRA DE ALMEIDA MANZANO4

ABSTRACT

RESUMO

Purpose: To analyze the antimicrobial properties of silicon oil (Óleo de Silicone®, Ophthalmos, Brazil) on in vitro bacterial growth of different microorganisms related to endophthalmitis. Methods: The following microorganisms were analyzed: (1) Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27583); (2) Escherichia coli (ATCC 25922); (3) Staphylococcus aureus (ATCC 25923); (4) Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228); (5) Candida albicans (ATCC 10231); (6) Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883); and (7) Streptococcus pneumoniae (ATCC 49619). The plates were incubated at 35 ± 2oC and its growth examined after 24 hours. An empty disk was placed in the center of each plate as a control. Results: No inhibition halos were verified in any of the plates containing the four different concentrations of the bacterial inocula. Conclusions: The silicon oil 1000 cps does not have any effect on bacterial growth of any of the studied microrganisms.

Objetivo: Analisar as propriedades antimicrobianas do óleo de silicone (Óleo de Silicone®, Ophthalmos, Brazil) no crescimento in vitro de diferentes microrganismos relacionados à endoftalmite. Métodos: Os seguintes microrganismos foram analisados: (1) Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27583); (2) Escherichia coli (ATCC 25922); (3) Staphylococcus aureus (ATCC 25923); (4) Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228); (5) Candida albicans (ATCC 10231); (6) Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883); and (7) Streptococcus pneumoniae (ATCC 49619). As placas foram incubadas à temperatura de 35 ± 2oC e o seu crescimento examinado após 24 horas. Um disco de papel filtro neutro, sem óleo de silicone, foi posicionado no centro de cada placa como controle. Resultados: Não foram encontrados halos de inibição em nenhuma das placas contendo as diferentes concentrações de inóculo bacteriano estudadas. Conclusões: O Óleo de Silicone® 1000 cps não apresenta efeito no crescimento bacteriano de nenhum dos microrganismos estudados.

Keywords: Endophthalmitis; Silicon oils/analysis; Anti-infective agents; Bactericides; Antibacterial agents

Descritores: Endoftalmite; Óleos de silicone/análise; Antimicrobianos; Bactericidas; Antibacterianos

INTRODUCTION Silicon oil is a term designated to denominate a group of clear, inert and hydrophobic polymers, chemically derived from siloxane(1-4). The first reference of its use in ophthalmology dates back to 1958 with Stone, as a substitute of the vitreous humor in experimental intraocular surgery. But it was only after the 1970’s, with modern microsurgery, that this technique was widely spread around the world, Jean Haute (France), Relja Zivojnovic (Holand) and Peter Lever (England) combined successfully intraocular injection of the silicon oil and pars plana vitrectomy. Currently, the main indications of its use are complicated cases, when long term tampon effects are required, and infectious endophthalmitis(1-6). One of the most important indications and reason of this study is the infectious endophthalmitis, the most feared complication of the ophthalmological surgeons. According to previous studies, exogenous endophthalmitis incidence is higher in cases of ocular trauma (2.4 - 8%), trabeculectomy (0.2 - 9.6%) and cataract surgery (0.04 0.7%). In the event of an ocular trauma with intraocular foreign body, the incidence increases up to 30%, according to some authors(3,4,7-24). The most frequently responsible microorganisms of acute exogenous endophthalmitis are Staphylococcus aureus, Staphylococcus

epidermidis, Enterococcus faecalis and Streptococcus pneumoniae. As for the chronic, the most isolated microorganism in cultures is the Propionibacterium acnes(18,22). Some prospective and experimental studies, both in vitro and in vivo, suggested that the silicon oil has bactericidal activity against many microorganisms, besides increasing the intraocular concentrations of antibiotics, if present(25-29). The purpose of this study was to verify the effect of the silicon oil on in vitro bacterial growth of selected microrganisms.

Submitted for publication: December 22, 2010 Accepted for publication: January 19, 2012 Study carried out at Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP), Brazil. 1

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Physician, Cataract Service, Department of Ophthalmology, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - SCMSP - São Paulo (SP), Brazil. Physician, Postgraduation student, Medical School, Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brazil. Pharmaceutical Biochemistry, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - SCMSP - São Paulo (SP), Brazil. Physician, Retina Service, Department of Ophthalmology, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo SCMSP - São Paulo (SP), Brazil.

METHODS An experimental study was developed in the Laboratory of Microbiology of the Irmandade da Santa Casa de Misericódia de São Paulo of the Departament of Pathology Sciences of the Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (Brazil). The silicon oil 1000 cps (Óleo de Silicone®, Ophthalmos, Brazil) was studied. The following bacterial cultures from the American Type Culture Collection were studied: Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27583), Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Sta-

Funding: No specific financial support was available for this study. Disclosure of potential conflicts of interest: F.Adams, None; I.L.Romero, None; C.B.Silva, None; R.P.A.Manzano, None. Correspondence address: Fabio Adams. Rua Bennet, 319 - São Paulo (SP) - 05464-030 - Brazil E-mail: [email protected]

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Evaluation of silicon oil on bacterial growth

phylococcus epidermidis (ATCC 12228), Candida albicans (ATCC 10231), Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883) and Streptococcus pneumoniae (ATCC 49619). The bacteria were primarily incubated for 18-24 h in a nutrient broth at 35 ± 2oC until reaching 0.5 on the McFarland scale, which corresponds to 1.5 x 108 CFU/cc (Colony Forming Units) in Tryptic Soy Broth. For each microrganism, three more dilutions were used, corresponding to 1.5 x 106 CFU/cc, 1.5 x 104 CFU /cc and 1.5 x 102 CFU/cc. The four dilutions were submitted to the test. The four dilutions of the inocula were then seeded on plates containing Muller-Hinton medium for all bacteria with exception of S. pneumoniae, which was seeded on blood agar, according to the modified Kirby-Bauer technique, standardized by the Clinical and Laboratory Standards Institute (C.L.S.I.)(30). Following the preparation of the plates, 15 µm3 of the silicon oil (Óleo de Silicone® 1000 cps, Opthalmos, Brazil) were evenly distributed in standard 6 mm paper filter discs using micropipettes (Eppendorf®, Hamburg, Germany). The discs containing silicon oil were then positioned in the respective seeded plates, with ten discs for each microrganism, in each of the four different concentrations of bacterial inocula(31). The plates were once again incubated for 48 hours at 35 ± 2oC. The analyses were made in 24 and 48 hours. Bactericidal and bacteriostatic activity was verified by sampling inhibition zones, when present, and seeding other plate with substrates from within the inhibition halos(31). In all plates, a blank paper filter disk was placed without silicon oil, to compare the bacterial growth, since it does not have an inhibition halo. RESULTS No inhibition halos were verified in any of the plates containing the four different concentrations of the bacterial inocula as shown in figure 1. DISCUSSION In our study, in disagreement with other authors, the silicon oil did not have any effect on growth of any of the three main families of ethiological agents of the infeccious endophthalmitis: Gram + bacteria, Gram - bacteria and yeast(26,27). Such a radical difference can be explained by the choice of distinct methods. Mackiewicz et al. and Ozdamar et al., compared, using similar methods, the growth of different bacteria inoculated directly on silicon oil, saline solution and a nutrition solution. After the adequate

Figure 1. Müeller-Hinton plate inoculated with Staphylococcus aureus showing, in detail, the absence of inhibition halos around the impregnated discs. Laboratory of the Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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management of the material and incubation, checking daily the colony forming units, it was verified in both studies that after 5 - 7 days, the number of C.F.U. inoculated on silicon oil diminished through time and were extinct after approximately 20 days. On the nutrition solution this outcome was according to the natural growth pattern and, on the saline solution, it was stable throughout the length of the study(26,27). Nonetheless, these results do not seem to be reproduced in vivo. Bali et al., in 2003, demonstrated that eyes affected with severe acute infectious endophthalmitis treated with pars plana vitrectomy, antibiotics and injection of intraocular silicon oil had better anatomical and functional results when compared with eyes treated only with regular vitrectomy and antibiotics. These results suggest that this substance is useful in the surgical treatment of the infectious endophthalmitis(25). If in vitro there is no confirmed antimicrobial activity of the silicon oil, the only possible explanation for the above results in vivo would be the nutritional deprivation that the substitution of the vitreous with silicon oil could cause to the intraocular pathogens, leading them to death by starvation and consequently the control of the infection process. The most probable explanation for the different results of this study relies on the method. The use of filter paper discs on the evaluation of antimicrobial activity is proven to be a very easy method, with high sensitivity and specificity, since it analyzes solely the effect of the studied substance in direct and homogeneous contact with the microorganisms in growth. Other authors have chosen this method to assess the antimicrobial activity of different substances used daily in clinical and surgical practice, such as trypan blue, fluorescein and cyanoacrylate, obtaining reliable results(32-34). Through this method, we did not observe the presence of inhibition halos around the paper filter discs soaked with silicon oil in any of the plates containing the different concentrations of bacterial inocula, suggesting that the silicon oil at 1000 cps does no have any effect on in vitro bacterial growth. REFERENCES 1. Gallemore RP, McCuen BW. Silicon oil in vitreoretinal surgery. In: Ryan SJ, editor. Re tina. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2006. p.2211-34. 2. Kertes PJ, Peyman GA. Use of silicone oil in vitreous surgery. In: Peyman GA, Meffert SA, Conway MD, Chou F, editors. Vitreoretinal surgical techniques. Londres: Martin Dunitz; 2001. p.193-206. 3. Parel JM, Milne P, Gaultier S, Jallet V, Villain F. Silicon oils: physicochemical properties. In: Ryan SJ, editor. Retina. 4th ed. St. Louis: Mosby; 2006. p.2191-210. 4. Rao NA, Cousins S, Forster D, Meisler D, Opremcap EM, Turgeon P. Intraocular inflammation and uveítis. In: Weingeist TA, Liesegang TJ, Gilbert Grand M, editors. Basic and clinical science course. American Academy of Ophtalmology. 1999-2000. p.119-40. 5. Ambresin A, Wolfensberger TJ, Bovey EH. Management of giant retinal tears with vitrectomy, internal tamponade, and peripheral 360 degrees retinal photocoagulation. Retina. 2003;23(5):622-8. 6. Azen SP, Boone DC, Barlos W, McCuen BW, Walonker AF, Anderson MM, et al. Methods, statistical features, and baseline results of a standardized, multicentered ophthalmologic surgical trial: the Silicone Study. Control Clin Trials. 1991;12(3):438-55. 7. Aaberg TM Jr, Flynn HW Jr, Schiffman J, Newton J. Nosocomial acute-onset postoperative endophthalmitis survey. A 10-year review of incidence and outcomes. Ophthalmology. 1998;105(6):1004-10. 8. Ciulla TA. Update on acute and chronic endophthalmitis. Ophthalmology. 1999; 106(12):2237-8. Comment on Ophthalmology. 1999;106(12):2395-401. 9. Ciulla TA, Starr MB, Masket S. Bacterial endophthalmitis prophylaxis for cataract surgery: an evidence-based update. Ophthalmology. 2002;109(1):13-24. Comment in Ophthalmology. 2003;110(8):1668; author reply 1669. Ophthalmology. 2003;110(8):1667; author reply 1667-8. 10. Egger SF, Buxbaum A, Georgopoulos M, Sholda C, Vecsei VP, Huber-Spitzy V, Georgopoulos A. Bacterial growth in human vitreous humor. Exp Eye Res. 1997;65(6):791-5. 11. Essex RW, Yi Q, Charles PG, Allen PJ. Post-traumatic endophthalmitis. Ophthalmology. 2004;111(11):2015-22. Comment in Ophthalmology. 2005;112(10):1845-6; author reply 1846-7. 12. Miño de Kaspar H, Neubauer AS, Molnar A, Hoepfner AS, Ta CN, Grasbon T, et al. Rapid direct antibiotic susceptibility testing in endophthalmitis. Ophthalmology. 2002; 109(4):687-93. 13. Khan RI, Kennedy S, Barry P. Incidence of presumed postoperative endophthalmitis in Dublin for a 5-year period (1997-2001). J Cataract Refractive Surg. 2005;31(8):1575-81.

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XIX Simpósio Internacional de Atualização em Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo 15 e 16 de junho de 2012 Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP) São Paulo (SP)

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Artigo Original | ORIGINAL ARTICLE

Estrabismo: detecção em uma amostra populacional e fatores demográficos associados Strabismus: detection in a population-based sample and associated demographic factors AUGUSTO TOMIMATSU SHIMAUTI1, LEONARDO DE TOLEDO PESCI1, ROBERTA LILIAN FERNANDEZ DE SOUSA1, CARLOS ROBERTO PADOVANI2, SILVANA ARTIOLI SCHELLINI3

Objetivos: Identificar a frequência de ocorrência de desvios oculares e as características dos portadores em uma amostra populacional. Métodos: Estudo transversal, observacional e probabilístico, entre os anos de 2004 e 2005, envolvendo 11 cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo. Foram examinados 10.994 indivíduos, sendo utilizada para este estudo uma subamostra desta população, identificada pelo diagnóstico de estrabismo. A população foi abordada por uma equipe treinada e padronizada para os procedimentos da pesquisa. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análise descritiva, frequência de ocorrência, análise de contingência e testes de associação (p0,05). Conclusão: A frequência de ocorrência de estrabismo em uma amostra populacional foi de 1,4%, sem diferença entre sexos ou tipo de desvio ocular. A presença de cegueira e de baixa visão associadas aos desvios oculares reforçam a necessidade de tratamento precoce.

ABSTRACT Purposes: To identify the frequency of occurrence of ocular deviation and the carriers characteristics in a population sample. Methods: Observational cross-sectional study, evolving a probabilistic sampling, between the years 2004 and 2005, including 11 cities of the São Paulo state. 10,994 individuals were examined. A sub-sample of this population identified as strabismus clinical diagnosis was the subject of the present study. The population was addressed by a trained team and standardized to the research procedures. The results were submitted to statistical tests through descriptive analysis, frequency of occurrence evaluation, contingency analysis and association tests (P0.05). Conclusion: The frequency of occurrence of strabismus in the population studied was 1,4%, with no difference between gender or ocular deviation type. The presence of blindness and low vision associated to ocular deviation reinforce the need for early treatment.

Descritores: Estrabismo/epidemiologia; Transtornos da motilidade ocular/epidemiologia

Keywords: Strabismus/epidemiology; Ocular motility disorders/epidemiology

INTRODUÇÃO O estrabismo consiste em qualquer desvio do alinhamento binocular, ou seja, ocorre quando as fóveas não estão simétricas em relação ao objeto que é focalizado pelo olhar. A classificação é de acordo com a direção do desvio em relação ao objeto de fixação, categorizando os esodesvios (ET) quando os eixos visuais estão convergentes em relação ao objeto ou ponto de fixação; exodesvio (XT) quando divergem em relação ao objeto ou ponto de fixação; hiperdesvio (HT) quando os eixos estão desviados no sentido vertical e, se mais baixo, hipotropia e hipertropia, quando mais alto em relação ao objeto de fixação(1). Porém, Bicas, na conferência do Conselho Brasileiro de Oftal-

mologia de 2009, concluiu que não há uma definição estabelecida, uniforme e consistente sobre o termo “estrabismo”, pois a diferença entre a normalidade e estrabismo depende, precisamente, da capacidade de colaboração do examinado para a determinação “objetiva” dos direcionamentos do olhar, por múltiplos fatores(2). O estrabismo pode acontecer em qualquer idade. Quando ocorre em adultos pode ser secundário a doenças neurológicas, doenças vasculares (como no diabetes melito e na hipertensão arterial), doenças da tireoide, tumores cerebrais e traumas cranianos. Pode ocorrer após perda do estímulo para fusão, devido à redução da acuidade visual (cataratas, ametropias ou outras lesões)(3).

RESUMO

Submetido para publicação: 3 de maio de 2011 Aceito para publicação: 12 de janeiro de 2012 Trabalho realizado na Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP - Botucatu (SP), Brasil. 1

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Médico, Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP - Botucatu (SP), Brasil. Professor, Departamento de Bioestatística, Instituto de Biociências Universidade Estadual Paulista Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP - Botucatu (SP), Brasil. Professor, Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP Botucatu (SP), Brasil.

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Financiamento: Este trabalho teve financiamento da FAPESP. Divulgação de potenciais conflitos de interesse: A.T.Shimauti, Não; L.T.Pesci, Não; R.L.F.Sousa, Não; C.R.Padovani, Não; S.A.Schellini, Não. Endereço de correspondência: Silvana Artioli Schellini. Departamento de OFT/ORL/CCP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP - Botucatu (SP) 18618-000 - Brazil - E-mail: [email protected]

Shimauti AT, et al.

Se o desalinhamento do olhar ocorrer nos primeiros anos de vida, pode resultar em prejuízo para a visão, com adaptação sensorial do tipo correspondência retiniana anômala, ambliopia, ou supressão do olho que se encontra desviado. Porém, se ocorrer após o desenvolvimento da visão binocular, aparecerá diplopia e confusão de imagens(4). Além do prejuízo funcional, com possibilidade do não desenvolvimento adequado da visão, o estrabismo muitas vezes ocasiona problemas psicológicos para o portador. Há necessidade de se reconhecer precocemente o desvio e tratá-lo, a fim de preservar e garantir desenvolvimento adequado da visão, recuperar a visão binocular, estabelecer o paralelismo ocular e impedir a instalação de alterações psíquicas. Os esodesvios, em geral, ocorrem em crianças pequenas e os exodesvios, em adultos, associados à perda da visão por algum motivo. A depender da causa, o tratamento pode ser clínico, óptico, cirúrgico ou misto(5). Apesar de facilmente identificáveis, a distribuição dos estrabismos na população geral não é conhecida. Também, não existem estudos que apontem qual a frequência de ocorrência ou a prevalência dos estrabismos na população brasileira. O objetivo desde estudo consiste na identificação da frequência de ocorrência dos desvios oculares em amostra populacional da re gião centro-oeste paulista, assim como descrever o perfil demográfico dos portadores e a associação dos tipos de estrabismo com os erros refrativos e acuidade visual. MÉTODOS Foi realizado um estudo transversal, de caráter observacional e de amostragem probabilística, entre abril de 2004 e julho de 2005, envolvendo 11 cidades da região centro-oeste do estado de São Paulo, para as quais o centro de referência em saúde é a cidade de Botucatu. Os participantes da pesquisa foram determinados por sorteio, que levou em conta o local de moradia e usando os blocos censitários do IBGE do ano 2000, sendo considerados elegíveis todos os habitantes da 5a casa do lado direito da rua e, a partir dela, assim sucessivamente. Os habitantes das moradias sorteadas recebiam uma carta-convite, explicando sobre a pesquisa que seria realizada e fornecendo a data em que seria realizado o exame. A população foi abordada usando uma Unidade Móvel Oftalmológica, equipada com dois consultórios oftalmológicos completos e com equipe que foi treinada e padronizada para a realização dos procedimentos da pesquisa. Crianças abaixo de quatro anos não tiveram o exame de acuidade visual. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP (Of.127/2004), e consistia de dados demográficos e semióticos com ênfase em doenças oculares (anamnese, antecedentes oculares e sistêmicos, antecedentes familiares) do participante da pesquisa. Desta forma, foram examinados 10.994 indivíduos. Para o presente estudo, foi utilizada uma subamostra desta população, identificada pelo diagnóstico clínico de heterotropia. O exame oftalmológico completo foi realizado pela equipe que era constituída por professores, residentes, pós-graduandos, graduandos e auxiliares de pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu. A avaliação realizada e os equipamentos empregados para a realização dos exames foram as seguintes: avaliação da acuidade visual de cada olho separadamente, com e sem o uso de correção óptica, utilizando tabelas de Snellen para cinco metros e para indivíduos iletrados; tonometria de ar (CT-60 Computerized tonometer, Topcon, Japão), biomicroscopia (lâmpada de fenda DFVasconcelos, Brasil), fundoscopia direta (em lâmpada de fenda usando lente de Volk de 78 dioptrias ou oftalmoscópio direto Welch Allen, USA), fundoscopia indireta (com oftalmoscópio binocular indireto Welch Allen, USA, e lente de 20 dioptrias), realizada em casos especiais; exame refracional sob cicloplegia (uma gota de colírio de ciclopentolato 1%, exami-

nando-se 30 minutos após a instilação) quando se tratava de pessoas com menos do que 40 anos de idade. Para o exame refracional o indivíduo foi examinado em refrator automático (ShinnNippon, Japão) para avaliação da refração objetiva, seguindo-se da refração subjetiva, realizada em refrator manual (Nidek, Japão). Especificamente para diagnóstico dos estrabismos foram realizados os testes de Hirschberg, teste de cobertura simples e teste de cobertura alternado, categorizando o indivíduo em ortotrópico (quando os desvios estavam ausentes) ou portadores de heterotropias: ET, XT ou desvios associados (estrabismos verticais e horizontais associados ou síndromes), conforme apontado pelos testes de avaliação para detecção de desvios oculares. Os resultados foram transferidos para a planilha eletrônica Microsoft Excel 2002® e submetidos a testes estatísticos por meio de análise descritiva, avaliação de frequência de ocorrência e análise de contingência (teste de valor P e teste de Goodman). Para análise de associação de erros refrativos com os tipos de estrabismo, utilizou-se o grau esférico, o cilíndrico e o equivalente esférico das refrações realizadas sob cicloplegia. A significância foi apontada para p0,05). DISCUSSÃO O presente estudo oferece a oportunidade de conhecer características dos desvios oculares em amostra populacional brasileira, sendo esta proveniente da região centro-oeste do estado de São Paulo. Não há outros estudos semelhantes publicados sobre o assunto. As pesquisas existentes são relativas a segmentos de faixas etárias específicas, sendo a maioria infantil(4,6,7) e um em idosos(8), realizados em amostras de conveniência. Embora alguns incluam todas as faixas etárias, são estudos retrospectivos e realizados utilizando dados de indivíduos atendidos em consultório(9,10), não se tratando de amostras probabilísticas. A prevalência de estrabismo na população estudada foi, em média, de 1,4%, com distribuição semelhante em todos os municípios avaliados. Este número concorda com os números mundiais sobre a frequência de heterotropia em crianças, que varia de 0,12% a 2,7%(7,11).

Não houve diferença significativa de existência de estrabismo entre os sexos como encontrado em outros trabalhos(4,11,12), apesar do estudo feito em São Paulo ter apontado para predomínio de XT no sexo feminino(5). As prevalências das ETs são maiores nas populações européias ou seus descendentes e as XTs, mais nos asiáticos, como comprovado por vários artigos(10,13,14). No presente estudo, 46,3% eram portadores de ETs e 38,2%, de XTs, sendo a maioria da população que participou da presente pesquisa autorreferida como portadora de cor da pele branca. Contudo, é necessário frisar que a população brasileira é bastante miscigenada, não sendo possível afirmar dados sobre determinada raça no Brasil. Outro estudo também mostra prevalência semelhante, sendo 44,5% portadora de ET(5), número muito próximo do aqui detectado. Embora as ETs sejam mais relacionadas com distúrbios visuais, como visto em estudo retrospectivo realizado em amostra de conveniência de nosso serviço que apontou haver maior relação de ET com a ambliopia(15), no presente estudo que analisa os estrabismos na população geral e não em amostra que se apresenta em serviço de referência, a maioria dos portadores de heterotropia teve acuidade visual no pior olho maior que 0,7, sendo que foram os desvios associados os que mais se apresentaram com acuidade visual reduzida. Classicamente, determinados tipos de heterotropia são mais associados a algum erro refrativo específico, como por exemplo, as ETs acomodativas associadas com altos graus de hipermetropia. Entretanto, no presente estudo onde não se categorizou os diferentes tipos de ETs ou XTs, verificou-se que não houve diferença significativa entre os desvios oculares relacionados com o equivalente esférico do erro refrativo (miopia ou hipermetropia), que estiveram presentes tanto nas ETs, como nas XTs, apresentando-se com ampla faixa de variação. A análise de contingência mostrou que quase 50% dos estrábicos apresenta boa acuidade visual em ambos os olhos. Os heterotrópicos quando apresentam comprometimento da visão, encontram-se na faixa de deficiência visual (considerando as definições da OMS para deficiência visual). Em geral, a baixa visão ocorre em um dos olhos, concordando com outro estudo que mostrou que a anisometropia e o estrabismo são responsáveis por deterioração visual uniocular, mas não deficiência visual(16), embora tenha sido identificada deficiência visual bilateral em 3,9% dos estrábicos avaliados. A cegueira em ambos os olhos foi demonstrada pela tabela de contingência como presente em 2,3% dos casos (considerando a

Tabela 2. Distribuição dos portadores de estrabismo de acordo com o sexo e tipo de desvio Diagnóstico Desvio associado n (%)

XT n (%)

ET n (%)

Total n (%)

Masculino

14 (22,6)

19 (30,6)

29 (46,8)

062 (100)

Feminino

05 (08,2)

28 (45,9)

28 (45,9)

061 (100)

Total

19 (15,4)

47 (38,2)

57 (46,3)

123 (100)

Sexo

Tabela 3. Distribuição dos tipos de estrabismo em relação à acuidade visual corrigida no pior olho Acuidade visual Diagnóstico

≥0,7

0,7 a 0,3

0,3 a 0,05

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